O Sertão do Ubatumirim é uma comunidade tradicional caiçara, formada por famílias que habitam a região há gerações. A comunidade preserva inúmeras manifestações culturais tradicionais tais como: a agricultura familiar, o extrativismo e a produção artesanal, sendo um dos últimos redutos de mestres canoeiros do município. 

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A partir da década de 1970, a comunidade teve grande parte de seu território sobreposto por duas unidades de conservação (Parque Estadual da Serra do Mar e Parque Nacional da Serra da Bocaina). Entre as áreas que foram anexadas aos Parques estavam as áreas de roça e extrativismo da comunidade, espaços fundamentais para manutenção de seu modo de vida. 

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A partir desse momento a comunidade passa a resistir as restrições impostas ao seu modo de vida tradicional e possui um importante histórico de luta, resistindo a chegada dessas Unidades de Conservação no local e aos outros desafios que chegaram juntamente com a construção da rodovia Rio Santos.

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Atualmente, é uma grande produtora de insumos agrícolas. Importante ressaltar que a comunidades possui inúmeras práticas de cultivo de diversas frutas e espécies de banana. Realiza o manejo da palmeira Jussara e diversas outras espécies da Mata Atlântica como o Cambuci, Cambucá, Gumixama, entre outras. A comunidade domina o manejo de mandioca, sendo um.seleiro de espécies diversas, de mesa( pra consumo cozido/frito) ou as espécies "bravas" que são variedades adequadas para a produção de farinha.

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A farinha de Mandioca do Sertão do Ubatumirim é um ícone culinário na região. Possui grande quantidade de famílias com casas de farinha, sendo outro diferencial da comunidade na região. Cada família com seu feitio peculiar, sabor, ponto de torra e textura única. Uma viagem no tempo e na gastronomia caiçara.

Abriga um conjunto de mestres(as) artesãos(as) que possuem uma significativa produção artesanal tradicional dos povos caiçaras. Predominam os trabalhos com madeira, cipós (timupeva e imbé) e fibras naturais (taboa e fibra de bananeira).